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Hortas urbanas

Hortas urbanas estão cada vez mais populares

Assim como as espécies de flores e folhagens, que já consolidaram sua presença dentro das casas e apartamentos, uma prática que tem se tornado cada vez mais comum, é cultivar o próprio tempero e até algumas frutas e hortaliças, em vasos e jardineiras. Além de ser mais uma opção para quem gosta de ter plantas em casa, ainda traz o benefício de cultivar o alimento de uma forma mais saudável (orgânica) e prazerosa.

O engenheiro agrônomo Marcos Estevão Feliciano tem observado o aumento do interesse pelo cultivo de alimentos em casa e reforça os benefícios que as hortas urbanas têm a oferecer.

“Muitos estudos já abordam a horta urbana como algo que vai além de uma ideia criativa, reforçando o quanto essa é uma atividade que pode contribuir de forma positiva em pautas como segurança alimentar e crises climáticas.  Sem contar que a criação de espaços para produzir alimentos nos grandes centros urbanos, em alguns casos não deixa de ser também uma maneira de gerar renda”.

O profissional explica que, o primeiro passo para colocar sua horta urbana em prática é avaliar o terreno. Isso implica em precisar atenção em algumas características: se o local é plano ou precisará de algum tipo de adaptação; como são as condições climáticas, ou seja, a quantidade de luz solar e vento que recebe; e como são as condições do solo. Vale a pena até contratar um profissional para checar a composição química, física e biológica do terreno. Por fim, ter uma fonte de água próxima pode ser um diferencial.

O segundo passo é o planejamento.  Você deve analisar a área disponível e de que forma pretende utilizá-la, já pensando na divisão dos espaços. Tenha em mente o tamanho dos canteiros (que, em geral, medem entre 90 e 120cm de largura) e o espaço entre eles, de forma que seja o suficiente para a passagem de uma pessoa e/ou equipamentos.  Outro fator importante é fazer uma lista dos insumos e ferramentas necessários para colocar as coisas em prática.

Cumprida essa tarefa, é hora do terceiro passo: a escolha das hortaliças, qe deve levar em consideração a avaliação do solo,  o clima da região, a época do ano e, lógico, a sua preferência. Uma boa alternativa é optar por espécies de fácil cultivo e que entregam uma boa produtividade o ano inteiro. Atente-se para as espécies que convivem bem com as outras e as que necessitam ter o seu próprio espaço para se desenvolver.

Chegou a hora do quarto passo: a preparação do solo. Essa é mais uma etapa importante para garantir a eficiência da sua horta urbana. O tipo de solo mais adequado pode variar de acordo com as escolhas que foram feitas.  Geralmente o ideal é que se tenha um solo que não seja compacto e que não tenha cascalhos. Você pode medir a acidez do terreno e fazer a correção, quando necessário.  Além disso, a adubação é essencial para garantir todos os nutrientes indispensáveis à  qualidade e à saudabilidade das hortaliças. Escolha um fertilizante específico para a cultura que deseja plantar, atendendo as necessidades de cada espécie.

Por fim, é hora de colocar a “mão na terra”, ou seja, cumprir o quinto passo. Siga as recomendações, respeitando espaçamento entre as sementes ou mudas, de acordo com a técnica escolhida. Essas orientações são fundamentais, pois influenciam diretamente na produtividade e na qualidade dos temperos e alimentos.

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